Recente estimativa do Itaú BBA (banco voltado para investidores corporativos) afirmou que a Eletrobras tem chance de reduzir as despesas em até 55% com a privatização. Este índice equivaleria a cerca de R$ 4,6 bilhões e a maior parte da economia viria da elegibilidade de 2 mil empregados à condição de aposentadoria. Ou seja, a intenção do corpo diretivo da empresa é conseguir que esse grupo de trabalhadores faça adesão ao próximo programa de desligamento voluntário da empresa.
Resta saber se, atingido este objetivo, teremos também tarifas do serviço público prestado pela Eletrobras a um custo mais baixo. O professor Edmar Almeida, do Instituto de Energia da PUC (Pontifícia Universidade Católica) Rio, explica que a venda da estatal não tinha como objetivo baixar os preços da energia para o consumidor final. Para ele, o que está em jogo é a retomada da capacidade de investimentos por parte da empresa, agora sem as amarras da burocracia pública, pelo menos como o mercado gosta sempre de justificar a mudança de governança nesse sentido.
De nossa parte, iremos acompanhar nos próximos meses para ver de perto se o consumidor de alguma forma irá ganhar algo com a venda da Eletrobras. Já mostramos inúmeros casos onde nem sempre esta foi a melhor decisão quando o assunto envolve prestação de serviços públicos.
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