Como previsto, os Correios fecharam o balanço financeiro do ano de 2020 apresentando lucro líquido pouco acima de R$ 1,5 bilhão. A notícia foi confirmada no final de maio, em comunicado oficial da empresa para a imprensa e o público em geral, por meio do seu site. Já no mês de novembro do ano passado, o veículo de comunicação especializado em finanças, Valor Econômico, havia indicado essa possibilidade de resultado positivo em 2020 para os Correios. Após apuração junto a uma fonte interna da empresa, o Valor apontou que a estatal teria lucro acima de R$ 1 bilhão de reais.
No comunicado oficial da empresa, a própria Presidência reconheceu uma significativa melhoria da saúde financeira dos Correios. O resultado, segundo a Administração dos Correios, foi decorrente de medidas para a reorganização de processos internos e redução de gastos. É preciso lembrar que a empresa pública, nos últimos meses e 2020 e neste primeiro semestre do ano, realizou também uma série de investimentos em infraestrutura e equipamentos. Ou seja, a situação dos Correios é de plena sustentabilidade.
Diante deste quadro, pode-se perguntar: há necessidade de privatizar os Correios? O resultado positivo de 2020, bem superior inclusive quando comparado aos três anos anteriores, por si só seria um bom motivo para não mexer em time que está ganhando. Além de provar novamente a sua sustentabilidade, os Correios continuam sendo um dos principais operadores logísticos do País, sem deixar de exercer também as atividades de cunho social que tradicionalmente realizam.
Um dos exemplos, nesse sentido, é a empresa atuar como agente do governo federal em políticas públicas de educação, como na entrega de livros didáticos a escolas de todo o Brasil. Outro, é o apoio dado a administrações públicas estaduais e municipais em momentos de calamidade, onde o socorro a populações atingidas se faz necessário, com a distribuição de donativos.
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