Pandemia aumenta a dívida do serviço postal governamental dos EUA

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Assim como acontece no Brasil, somente o serviço postal norte-americano, USPS, que é estatal, consegue cobrir 100% do território daquele país. Nenhum outro operador logístico que atua nos EUA tem essa capacidade. Da mesma forma que acontece por aqui, o motivo é o fato de que, para garantir a disponibilidade de serviços em certas cidades, o USPS funciona como agência do governo federal nas localidades não atendidas pelos operadores privados.

 

Mesmo pertencendo ao governo estadunidense, o serviço postal norte-americano domina 60% do mercado de entregas. Lembramos que o USPS é o resultado de um processo de privatização, no qual a parte mais lucrativa foi desmembrada da estatal e entregue a grupos empresariais sem compromisso com a população. Não é por menos que o USPS está presente nos rincões do Alaska e do estado de Nevada, desprezados pela iniciativa privada. Assim como acontece no Brasil, para que operadores como UPS e Fedex cheguem a localidades como essas, eles contratam os serviços do USPS.

 

Pelo enorme comprometimento público que tem, o USPS foi reconhecido em artigo publicado no site do renomado veículo de comunicação The New Yorker. A autora alerta para o fato de que o cenário de pandemia está deixando o USPS cada vez com mais dívidas, por ter ficado de fora da parte mais lucrativa do mercado de logística com a privatização.

 

Confira o título do artigo: “We can’t afford to lose the postal service” (“Não podemos perder o serviço postal”), com o subtítulo ainda mais sugestivo “Republican leaders have long tried to kill the USPS. Now the coronavirus is helping” (“Líderes republicanos há muito tentam matar o USPS. Agora o coronavírus está ajudando”). Você consegue identificar a coincidência com o serviço postal de algum país bastante conhecido de todos nós?

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