Eleições na Câmara e no Senado – aceleração das privatizações?

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Logo no início deste mês aconteceu a eleição das Mesas Diretoras da Câmara Federal e do Senado, com a escolha dos respectivos presidentes dessas duas Casas Legislativas. São dois cargos de muita importância, pois está nas mãos desses gestores qual a ordem de votação de pautas apresentadas. Tirando alguns assuntos específicos, eles podem influir ou alterar qual tema entra em votação primeiro na agenda de um dia, semana, mês nas duas principais Casas Legislativas do País.

 

É por esse motivo que o assunto mais presente na mídia no início de fevereiro foram as eleições da Mesa da Câmara e do Senado. O governo federal investiu pesado para garantir que os candidatos que receberam o seu apoio levassem ocupassem as principais cadeiras. E foi o que aconteceu… Sendo assim, o governo federal também se tornou vitorioso no processo.

 

Por um lado, há analistas políticos que afirmam ser esse o momento ideal para o governo retomar a sua agenda de pautas de interesse no Legislativo. Com as duas casas tendo à frente políticos que o apoiam, as chances são a de emplacar projetos empacados. Um deles é justamente o das privatizações, que até o momento teve resultados inexpressivos (confira aqui um infográfico que produzimos sobre o assunto).

 

Por outro lado, existem outros cientistas políticos que afirmam o contrário. Ao apoiar os candidatos vitoriosos, agora é a hora do grupo deles enviarem a fatura ao governo, caso este queira boa vontade no momento das votações. Muitas verbas de emendas já foram liberadas e muitas outras deverão ser para a conta ser paga pelo governo.

 

E não são só as verbas de emendas que importam: cargos na Administração Pública contam também, incluindo em estatais. Justamente o interesse na ocupação de cargos nos órgãos e empresas do governo pode ser um obstáculo para as privatizações. Afinal, se as estatais forem vendidas, quais cargos poderão ser negociados? O mercado do ‘toma lá, dá cá’ ficaria menor…

 

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